Num livro organizado pela doutora Belkiss Wilma Romano, titulado A prática da psicologia nos hospitais, no capitulo 1. Emoção, doença e cultura: o caso da Hipertensão Essencial, Carmem Lucia Campos Maciel escreve:
a) Pacientes institucionalizados (internos em hospitais): foi comprovado que quanto mais isolados socialmente, isto é, pouco contato humano e pouca fala, menor a pressão sanguínea.
b) Presos em celas isoladas têm, consistentemente, menor pressão sanguínea do que os que moram em celas coletivas.
c) Monges da ordem Trapista, que após tornarem-se monges nunca mais falam com ninguém, têm pressão sanguínea não só mais baixa do que a população em geral, mas mais baixa do que outros tipos de monges que não excluem a conversa das suas vidas diárias.
d) Esquizofrênicos, em geral, têm uma pressão sanguínea bem abaixo da que é encontrada na população em geral.
e) Experiências com mulheres esquizofrênicas hipertensas e hipotensas mostram um padrão claro e consistente: as mulheres que estavam em "muito contato"com o ambiente, emocionalmente bem responsivas, eram hipertensas e sua fala era frequentemente rápida, as pacientes mudas ou catatônicas, fora de contato com o ambiente eram geralmente normotensas ou hipotensas.
"A conclusão geral que se tira destes dados - escreve a autora - é que isolamento social e ausências de conversas podem ser importantes para diminuir a pressão sanguínea. Confirma-se mais ainda a idéia do contato social como o locus da estimulação social que, para pessoas hiperativas a este tipo de estímulos, como é o caso dos hipertensos, pode ser um fator patógeno."
Será que Sartre, que era um conhecido degustador de anfetaminas estaria se referindo a isto?
Está explicado porque só sinto mal estar quando estou acompanhado!
ResponderExcluirFalando em Sartre; seria a Náusea ?