Estava na parte inferior do aeroporto ao lado de uma velhinha que há décadas fica por lá com um véu enrolado na cabeça recitando aos passageiros partes de uma antiga bíblia adventista. Queria saber suas impressões sobre os atentados em Paris e ele expressou-se pronta e solenemente:
- Por enquanto só ouvi por aqui dois tipos de manifestações, uma tão idiota quanto a outra: uma que justifica os atentados e outra que se manifesta beatamente em repúdio a eles. Ambas puramente emocionais e suspeitas, sem fundamento algum. Ora! Quem é que não sabe que essas posturas são muito pobres e muito medíocres! Que não agregam nenhum tipo de reflexão ou de esclarecimento sobre o assunto. Que são manifestações de bobalhões que ainda estão na época do 8 ou 80!, sem lembrarem que entre esses dois números existem outros 72? De babacões que estão ainda na fase do comigo é branco ou preto!, sem terem consciência que entre o branco e o preto existem centenas de outras cores...
É quase inacreditável que ninguém queira ouvir os terroristas!
Mesmo que seja por uma curiosidade mórbida, é fundamental dar-lhes a palavra, ao invés de simplesmente querer caçá-los, matá-los e bani-los do mapa.
Seria fundamental - aumentou o volume da voz porque a velhinha começou a recitar um texto sobre J. Iscarioti - levá-los às principais universidades do mundo (mesmo que algemados) para que expliquem as razões, os motivos, e as justificativas para seus ataques. Pois pode ser que tenham coisas a nos revelar que nem fazemos idéia!!! Os árabes/muçulmanos e seus descendentes, que praticamente foram quem inventaram o papiro, os perfumes, os meios de navegação, a álgebra (Mohammed Ben Musa), a câmera fotográfica, e etc, é evidente que devem ter muito mais a dizer ao mundo além de seu simples e desesperado grito de
Allahu Akbar (Alá é Grande!) Inclusive as primeiras tentativas de criar um aparelho que voasse - é bom que se saiba - não têm nada a ver com os irmãos Wright e muito menos com o pobre Santos Dumont (que se enforcou com uma gravata num hotel de Santos) mas sim com o muçulmano Abbas ibn Firmas. Até o xampu foram eles que inventaram e mesmo muitos detalhes das catedrais góticas européias foram inspiradas na arquitetura islâmica.
Enfim, levando esses terroristas a conferenciar pelo mundo a fora, se teria a chance de saber verdadeiramente o que pensam e o que sentem e talvez até descobrir que fundamentam suas atrocidades apenas num mal-entendido.
Ou então, admitindo que possam provar que possuem motivos e razões sócio históricas reais que justificam essa tentativa obsessiva de acerto de contas com o ocidente, que este as reconheça de imediato, peça desculpas e repare imediatamente os danos... Ou então que aguente as consequências...
Completou esta última frase com soberba e virou-se para a velhinha que ainda "louvava a deus" e cochichou: eis aí tanto a causa como o resultado da demência...
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