Com 72 anos o escritor chileno Eduardo Labarca que está lançando em Buenos Aires o livro El enigma de los módulos causa alvoroço entre os argentinos por ter “mijado” sobre a tumba de Borges lá num cemitério de Genebra. Entre as explicações para o irreverente gesto Eduardo diz que quis apenas homenagear e também dar uma lição ao cidadão Borges, entre outras coisas, por ele ter ido ao Chile em determinada epoca quando a repressão politica estava no auge, só para saudar e apoiar o ditador Pinochet. Apesar de debitar a Borges seu entusiasmo pela literatura, Labarca afirma que o autor de A QUIEN YA NO ES JOVEN (ver texto abaixo) foi um cidadão lamentável.
Mas Borges está morto. Nem sequer quis ser enterrado aqui nesta América de falastrões. Deve ter desconfiado que se fosse colocado lá no La Recoleta, um belo dia, por um motivo ou outro, os chacais ainda iriam revirar seus ossos...
Na página 273, Vol. II de suas Obras Completas, pode-se ler:
Ya puedes ver el trágico escenario / Y cada cosa en el lugar debido; La espada y la ceniza para Dido / Y la moneda para Belisario. A que sigues buscando en el brumoso / Bronce de los hexâmetros la guerra / Si están aqui los siete pies de tierra, / La brusca sangre y el abierto foso? Aquí te ececha el insondable espejo / Que soñará y olvidará el reflejo / De tus postrimerías y agonías. / Ya te cerca lo último. Es la casa / Donde tu lenta y breve tarde pasa / Y la calle que ves todos los días.
A morte sempre a sondar os vivos e alguns a abrigam mesmo antes da hora e nem seria preciso... morremos a cada instante. Borges nem está lá naquele cemitério, então, esta demonstração de repúdio do escritor chileno ao incrível Borges, soa tão estranha, tão sem pe´nem cabeça... Cada mania com seu doido!
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