As prévias dos Estados Unidos começam sutilmente a contagiar as sociedades indolentes e periféricas. O universo feminino, extasiado, não tira os olhos nem dos tailleurs amarelos nem das olheiras da Sra Hillary; outros se identificam e se deixam hipnotizar pela lentidão havaiana e quase sarcástica do Obama enquanto outros ainda preferem apostar nas mandíbulas assimétricas e robustas da raposa republicana. Luzes, ternos, abraços, representações, simpatias, corporações, promessas, um nacionalismo repugnante e milenarista, tudo confeitado com os conhecidos truques do espetáculo que tanto excitam as massas. Na pauta dos três a manutenção do império, o Iraque, o racismo, o matrimônios gay, a prisão de Guantanamo, a caça aos mexicas na fronteira, os abortos, as teorias de Darwin versus o creacionismo e a pontaria dos Serials Killers. Qualquer um dos ingênuos torcedores desanimaria se lembrasse que – como diz Sam Harris - os que têm o poder de eleger presidentes, deputados e senadores naquele país – e inclusive muitos dos que são eleitos – ainda acreditam que os dinossauros sobreviveram aos pares na arca de Noé, que a luz de galáxias distantes foi criada a caminho da Terra e que os primeiros membros da nossa espécie foram modelados a partir do barro e do hálito divino, em um jardim com uma cobra falante, pela mão de um Deus invisível.
Ezio Flavio Bazzo
ah... somente as falácias egípcias governam o mundo mesmo, seja este cristão, laico, hindu, islãmico, judeu. o modelo egípcio persiste. um faraó apoiado por uma burocracia sacerdotal que integra o poder econômico, militar, político e religioso. complexas cerimônias realizadas para que as pirâmides mostrem a importância dos governantes e a necessidades de se construir mais. quanta mão de obra volutária de manadas de múmias para tudo isso.
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