quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Navegar é preciso... viver não é preciso... A farsa e a desonestidade do turismo...

 



Se você ainda não tinha motivos suficientes para enojar-se e enfurecer-se com a farsa e a ladroeira dos preços, em geral, nestes dias "festivos", além de ouvir o discurso do novo ministro do turismo (prometendo turbinar o setor), deves ligar para uma agência de viagens e para os hotéis de uma praia ou de uma montanha qualquer, a uns 200 quilômetros de tua casa e consultar os preços. Hoteizinhos fuleiros país a fora cobrando até 900,00 reais a diária, mais alto que o de hotéis razoáveis em Paris; e uma passagem Brasília/Piauí, mais cara do que uma Roma/Vietnã... 
E quando aqueles passageiros que falam meia dúzia de palavras no idioma do império reclamam e esperneiam no balcão das passagens: quero um bilhete de low-cost. O funcionário, quando não o acusa de subversão ou chama o gerente, responde secamente: aqui nos trópicos low-cost é o caralho! 

A propósito, a tarifa do taxi, que te leva de casa até o aeroporto é quase o preço da passagem e um Sandwich ali sob o ruído das aeronaves, é quase igual ao de uma cesta básica. E a alienação é tal, que todo mundo paga em silêncio, já que, quanto mais são explorados, mais se sentem incorporados e fazendo parte da Quinta Coluna da burguesia... enquanto a turma do  establishment segue fazendo demagogia, rezando e criando cada dia novos pelotões de policias e atribuindo todos os estelionatos e todas as desgraças do mundo às milícias...... Sem falar que para ter acesso ao salão de embarque tens que passar por uma revista que vai dos culhões e da xota aos pés, como se fosses um militante do Hamas com destino a Gaza e como se o frasco de shampoo que levas pudesse conter nitroglicerina. Por fim, quase por misericórdia, te deixam passar, tímido e subjugado, entregue às mãos de uma tripulação e de um capitão de quem nunca ouviste falar e de quem não tens a mínima ideia de como anda a saúde mental e nem a ficha corrida...

Além disso, o mais cômico está por vir: ao chegar ao destino, nas tais praias idílicas, (com essa esperança e espírito de caranguejo), quase sempre vais deparar-te com aquelas placas de inadequadas para banho, e nos hotéis, (mesmo nos five stars de falsa bandeira) muitas vezes, até com odores, fluídos, vestígios e pentelhos dos hóspedes anteriores.

Ridículo! Canalha! Muita humilhação e um assalto incompreensível...  E, pior: com a cumplicidade fria e impotente do Estado!   

Mesmo assim, atordoado pela cretina propaganda de felicidade, de realização, de irmandade, de prosperidade, de amor pela terra natal e pelos ancestrais, o populacho, fleumático e acostumado a viver, (que lembra Lazarillo de Tormes) lota os aeroportos, as rodoviárias e a lista de reservas dos pandieiros... Precisa viajar, iludir-se, desentediar-se desopilar a próstata e o fígado, sentir-se gente. Mesmo sabendo que, na volta,  estará condenado a passar o "Ano Inteiro" soterrado em dívidas e que se não as pagar a tempo, a polícia do Estado baterá às seis da manhã em sua porta, e, se não 'acertar as contas' a tempo, nem que seja com uma filha ou um filho (lembram do Mercador de Veneza?), lhe cancelará o CPF, o passaporte, o título de eleitor e de honorabilidade e lhe colocará numa lista de bandidos e de otários maus pagadores. Ridículo! Mesmo assim, vão sorridentes e apertados, nas poltronas mais baratas que conseguiram a troco de barganhas e pechinchas e para o lugar mais 'em conta' do mercado, uns, ouvindo as patéticas canções gospel, e outros, inebriados com os depressivos cantos gregorianos... mesmo sabendo do risco e da possibilidade de, quinze dias depois, voltarem para casa frustrados, com uma gripe, uma hepatite, uma gravidez ou mesmo com uma gonorréia... Ah! Tudo isso é quase um mistério...

Uma vergonha.Um horror! Tudo ridículo! Como será possível emancipar-se, desse jeito?

E a tal esquerda, que passou os últimos 50 anos amaldiçoando e cacarejando contra o 'capitalismo selvagem' e contra o "liberalismo", citando a Marx e até a Kropotkin, bizarramente, está em todas as filas, uns até com o bonézinho do MAGA na cabeça e com um punhado de carnês já vencidos no bolso...  

Que miséria!

Enquanto isso, lá pela Champs Elisées, em Paris, ou pelo Borough de Londres, muitos de nossos michês e de nossas madames, amantes, tias, avós e agregadas do Primeiro escalão, vão exibindo seus Cartões sem limites...

Caralho! 

Vão foder outro!














terça-feira, 23 de dezembro de 2025

domingo, 21 de dezembro de 2025

Zezé de Camargo e a prostituição...


"Porque transborda vida, o Diabo não tem nenhum altar: o homem se reconhece em demasia nele para que venha a adorá-lo; o detesta com conhecimento de causa; repudia-se e cultiva os tributos indigentes de Deus. Mas o Diabo não se queixa e não aspira a fundar uma religião: não estamos aqui para preservá-lo da inanição e do esquecimento???"

E.M. Cioran





Não há quem não esteja falando do affair Zezé de Camargo naquela inauguração de um novo meio de comunicação, pelo fato dele, ninguém sabe exatamente o porquê, numa daquelas falas babacas de peão milionário, ter acusado aquele evento de estar prostituindo. Prostituindo? Mas, o quê? Teria omitido uma parte da frase? Os filósofos dos sites, tanto de direita como de esquerda, mesmo aqueles que mamaram e se iniciaram em prostíbulos e em lupanares, estão esbanjando interpretações puritanas sobre esse surto e esse vocábulo. 

Seria nostalgia pelos antigos lupanares? Ah! Aquelas casas com seus lampiões e suas luzes vermelhas no meio dos cafezais! Os gerânios brancos nas janelas, as coleções de sapatos (de todas as cores e modelos) daquelas mulheres hereges e niilistas fazendo juras de amor, aos mais velhos, que chamavam de 'paizinhos' e aos mais jovens, com seus revólveres e dentes de ouro, de 'irmãozinhos'. Um mundo secretamente incestuoso... Cremes e novenas sobre a cabeceira da cama e amontoadas no alto dos guarda-roupas, as malas, testemunhas fiéis de um nomadismo interminável e repositório de paixões fictícias... Ah! O lupanar, no meio e no fundo da noite, como um oráculo, uma seita, um lugar de peregrinação dos sábados e dos domingos, antes ou depois das missas...

Lupanar! Mesmo ela não aparecendo lá nos Lusíadas é, sem dúvidas, a palavra mais fantástica do idioma de Camões. Todos mundo conhece o grafite rabiscado lá nas paredes do mais famoso deles em Pompéia: hic ego puellas multas futui...

E atenção: o acusado disse: Prostituindo, e não: se prostituindo! O que, convenhamos, muda completamente a essência da acusação e do caso. Prostituindo o quê, afinal? A memória do defunto Silvio Santos? A sociedade estupidificada por tantas décadas de um entretenimento cabotino? Prostituindo a mídia? Os funcionários? A república? A moral vigente, essa barbaridade absurda? Ninguém sabe! O problema, é que a palavra "prostituir"sempre desencadeia no coração das elites, dos novos ricos, dos zoófilos e até dos supostos revolucionários, além de nostalgias e memórias juvenis, uma falta de fôlego e uma certa vergonha. "O homem se sente envergonhado com tudo o que possa lembrar-lhe muito claramente sua índole animal". (escreveu S. Freud, no prólogo de um livro de John Gregory Bourke, 1913).

Eu, que já escrevi umas quinhentas páginas sobre o prostituir e o prostituir-se, sempre que trato deste assunto lembro de Engels (Origem da família, do Estado e da Propriedade privada), para quem, o que diferencia a esposa, da puta, é que uma se paga para toda a vida e a outra por instantes...

Enfim, querer crucificar um cantorzinho farofeiro (que ganha em um show de duas horas, mais do que um micro cirurgião em cinco anos) por uma bobagem dessas é uma cretinice de subdesenvolvidos. Melhor seria reexaminar a prática imbecilizadora das concessões dos monopólios televisivos e rádifonicos... Como, afinal, reinventar toda essa merda? E quem é que tem neurônios e culhões para tanto?


EM TEMPO: 

E, por falar em psicopatias e em psicopatas: 

https://www.correiobraziliense.com.br/mundo/2025/12/7319577-grande-grupo-brasileiro-o-elo-do-caso-jeffrey-epstein-com-o-brasil-revelado-em-novos-documentos.html#google_vignette




sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Uma república de punheteiros...??

 





{... Nenhuma mulher - ou quase nenhuma - resiste ao homem que lhe garante silêncio absoluto sobre os pecados de amor...}

Mura


Até a velhinha armênia,  - que não via há muito tempo - apareceu ali no mercado, sempre com seu lenço amarelo e de seda italiana na cabeça, para discutir com outra velhinha, um pouco mais arruinada do que ela, a noticia de que o Brasil é um dos maiores consumidores de pornografia do mundo, só perdendo pelos gringos da América, pelos mexicanos e pelos filipinos... Em outras palavras, dizia ela, um dos países mais punheteiros da terra, e não apenas os adolescentes e os homens, como se pensava até pouco tempo atrás, mas inclusive elas... No nosso caso, seria efeito da picanha ou das feijoadas? (indagou ironicamente.) Que mal há nisso!? Ouvi sua interlocutora perguntar. Nenhum, respondeu de imediato, mas o que é bizarro, é. E que contém em si fragmentos de melancolia, não há dúvidas. Veja a multiplicação dos sex shops, das borrachas, dos silicones, dos supositórios e dos chuveirinhos, na cidade... Sim, sim, retrucou a interlocutora, mas não pense que essa pratica é algo apenas de agora... dizem que até Cleopatra, com aquele narigão, ainda antes de Cristo, para suas noitadas egípcias com ela mesma, como ainda não havia vibradores por lá, aprisionava abelhas numa caixinha (tipo caixa de fósforos) e, depois de certificar-se de que nem Ptolomeu III, nem Marco Aurelio e nenhum outro de seus amantes estava por perto, enfiava-se sob as cobertas, naquelas noites estupendas da Alexandria (quando ainda não haviam tocado fogo na famosa Biblioteca) e a deixava vibrante e tremulante sobre seu clitóris... Que tal?

Lembra do Onã e do onanismo? Perguntou a armênia, mais para si mesma do que para a outra. Aquele personagem patético das fábulas bíblicas que desperdiçava seu sêmen sobre as tábuas dos cortiços ou sobre as areias do deserto? E lembra da igreja, que apesar de se apressar em tornar o onanismo um pecado mortal, seguiu exigindo que seus pregadores, evangelizadores e prosélitos fossem castos e celibatários? Não te parece óbvio que dizer celibatário é o mesmo que dizer punheteiro? Ou para ser mais delicado, onanista?

Enfim, política e sociologicamente, o que se poderia dizer de uma nação onde homens e mulheres (apesar do teatro cotidiano de sedução mútua), estão cada dia mais obcecados por si mesmos e pelo tal vício solitário? Narciso, não poderia ser eleito o patrono dos punheteiros?











quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

A importância de escorregar para fora e de tocar o foda-se...



Algumas pessoas anônimas desde muito tempo (sabendo de minha antiga profissão), e precisando 'curar suas feridas e atravessar seus próprios desertos', costumam enviar-me mensagens solicitando que eu lhes recomende livros e manhas para suportar o sem-sentido e as loucuras do cotidiano. No passado pernóstica e pretensiosamente, lhes sugeria coisas como O porvir de uma ilusão, do Freud; às vezes, até Os Escritos de Lacan; Análise do caráter, de Reich; O sentimento de solidão, da M. Klein e etc. etc. Com o tempo, mais consciente da armadilha em que estamos metidos e do poder destrutivo da máquina que é o mundo, fui passando para coisas tipo O demônio do meio dia, do Andrew Solomon; Elogio de la vagancia, do Roberto Arlt; O mito da doença mental, do Thomas Szas; Atos impulsivos, do W. Stekel; Psicologia de massas do fascismo e A Função do Orgasmo, ambos do W. Reich; El unico y su propiedad, do Max Stirner e até mesmo textos do Marques de Sade, etc, etc. Agora, mais recentemente, meio de saco cheio, tenho me limitado, ao invés de livros, simplesmente sugerir lhes: experimentem escorregar para fora e tocar o foda-se...























terça-feira, 16 de dezembro de 2025

"Bojo", "marco temporal", "insegurança jurídica"... Ah! Como ouvir esses cacoetes sem vomitar?





Nos anos 80 as frases que continham a expressão "no bojo" que eram usadas com frequência nos discursos pelos bandos da política e até por professores (no bojo disto e daquilo!!!), me causavam niilismo e nojo. Hoje, quase meio século depois, por incrível que pareça, quando ouço a mesma turma ou seus herdeiros falando em "marco temporal" e em "insegurança jurídica", sinto o mesmo mal estar estomacal. Que merda! Será que não se consegue evoluir nessa quermesse endogâmica? Será que o cão deve sempre e irremediavelmente voltar ao vômito?

A respeito do "marco temporal" e do blábláblá ao redor da demarcação das terras indígenas, trata-se tudo de uma mentirada só, que já ouvia nos discursos fascistas daquele baixinho de botas a quem a turba queimava incenso e idolatrava. E a respeito dos camaradas indígenas, seja com o marco temporal ou atemporal, já não têm mais chances de colocar-se novamente em pé... Se nas aldeias e ao redor delas, está tudo dominado por latifundiários analfabetos e por pistoleiros invasores e, se as vilas e as cidades, supostamente urbanas, estão transformadas numa imensa enfermaria, para não dizer hospício, o que esses pobres silvícolas poderiam encontrar e fazer ali? 

Sua destruição e sina foram traçadas e seladas ainda quando, ludibriados pelas hienas colonizadoras, seus ancestrais, entre um trago e outro de ayuhuasca, negociavam suas mulheres, pedaços de terra, de madeira e de ouro, por santinhos e por Bíblias... Agora é tarde! 

Ah! O tempo! A clepsidra! Como diria Marx: O tempo é tudo, o homem já não é nada. Quando muito é a carcaça do tempo...

No bojo de toda essa palhaçada e de tudo o que há neste hospício, temos que admitir: nossas vidas são irremediavelmente regidas não apenas pela Insegurança, mas também pela Segurança jurídica e mais: que, como nosso Reino é deste mundo e como acreditamos mais na antropologia do que na teologia, a hipótese de um marco temporal pode até ser melhor do que a de um atemporal... Ou não?

O Mendigo K, que já se prepara para as fartas ossadas de Natal, conversando com uma velhinha no jardim de sua casa e exercitando seu charlatanismo, dizia: quando rezamos ao lado de uma flor ela floresce com mais brilho!!!


 














domingo, 14 de dezembro de 2025

FHC e os frangos...

 


"Tous les animaux étaient des bêtes e les hommes aussi étaient des bêtes..."

Pascal Quignard



Neste domingo de dezembro (o mais belo dezembro de todos os tempos), no final da manhã, os velhinhos e até os mendigos que estavam na fila do frango assado, diziam ter saudades dos tempos do Fernando Henrique Cardoso, quando um frango, até com um punhado de farofa, se podia comprar por uns 12 reais. O de hoje, sem farofa e do tamanho de um nambu (para não dizer de um sabiá), estava custando 64,00. Que diferença brutal! Insistia uma senhora, com traços de sub-normalidade, com seu guarda-chuva já meio aberto... Começava a chover. E os frangos estavam lá, imóveis, bronzeados, uns até com os olhos aparentemente abertos (onde se podia identificar um princípio de cataratas) e naquela posição escandalosamente erótica a espera dos clientes, enquanto os papos iam se espalhando entre aqueles da fila e os que zanzavam, só por curiosidade, ao redor do forno elétrico e que foram para lá apenas para ver como andam as coisas e a quantas anda a filosofia da miséria tão propalada pelos evangelizadores da mídia e das seitas, nestas vésperas de ano novo. Eu, fazia um esforço imenso para manter-me sóbrio enquanto revisava mentalmente uma ou outra página do livro: Viagem ao fundo dos galinheiros... Ou: por quem os galos cantam... (Uma hermenêutica dos claustros...)



O império e a Venezuela, (questa piccola Venezia...) Notícias sobre geopolítica e pirataria...



[... A realidade é a manha, a astúcia que cada um põe em jogo...]

Raul Brandão, 
(IN: Húmus, p. 20)

























sábado, 13 de dezembro de 2025

Enviado por uma correspondente anônima...

 


RUA

[para João do Rio e Ezio Flávio Bazzo]

Eu te saudo
Rua
Livre habitante
dos meus sonhos
Realidade nua
Lua
que vem chorar
meu riso
e confessar meu pranto.

Rua
eu te guardo
em minha memória
passagem estreita
de curvas deformadas
pelo frio e pela fome
da indigência humana
revelada.

E me confesso
amante da tua desventura
mulher de poucos adornos
e verdadeiras mágoas.

Rua
não sei porque,
se nada muda,
preciso tanto dizer-viver
a linha perpendicular
de tua face. 




quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Eduardo Bueno e um fragmento trágico de nossa história...



















FELIZ NATAL & PRÓSPERO ANO NOVO!!!!!!!

 




Nestes dias que antecedem a grande e maior pantomima do ano, com os comerciantes levitando na porta de seus estabelecimentos, no meio de luzinhas e de flocos de neve, uns até, cinicamente, com um gorro vermelho na cabeça oferecendo brinquedos e presentes em prestações e com descontos falaciosos ao rebanho obnubilado que vai zanzando de shopping em shopping... No meio de toda essa falsificação, apareceu o Mendigo K, também com um capuz vermelho na cabeça (estilo Ku klux Klan) que lhe cobria até a parte superior das orelhas, e com sapatos de palhaço. De vez em quando, se se deparava com uma família com seus três ou quatro filhos, retirava uma barba branca do bolso, a enfiava na cara e cacarejava na direção daqueles pirralhos (futuros babacões, pagadores de impostos e de dízimos) o clássico Oh! Oh! Oh... Os pais, abobalhados, que também regrediam às suas infâncias,  deixavam que suas filhos (já adestrados) se jogassem nos braços daquele 'Papai Noel' misterioso... daquele vampiro emocional...  que lhe pedissem um beijo, uma apalpadela, este ou aquele presente ou até, este ou aquele milagre... O show é quase inacreditável. Como é que chegamos a tamanha imbecilidade coletiva? E, pior: como é que esse circo se repete todos os anos, há séculos, sem que possamos tomar consciência e tornar-nos  adultos?

Quando a cena terminava, o Mendigo se livrava do gorro e da barba, ria meio envergonhado e meio melancolicamente, deixando aparecer escrito na camiseta que usava, esta frase de César Vallejo, o mais importante e maldito poeta peruano: "Levanto minha voz e acuso minha geração de impotente para criar ou realizar um espírito próprio, feito de verdade, de vida, enfim, de uma saudável e autentica inspiração humana. Pressinto, cada dia mais, um grande desastre para minha geração, daqui a uns quinze ou vinte anos..."


















quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Enquanto isso... por aí, nos bastidores da putaria global...


[... A vida nestas bases é talvez monstruosa, mas não posso modificá-las. Aproveito-as. Tiro da vida o que ela me pode dar. Com ilusões podia-se ser pobre - sem ilusões só se pode ser rico..."
 Raul Brandão, 
(IN: Húmus, p.55)


 
















segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

México exige de volta os territórios que os EEUU lhe roubaram há quase dois séculos... Viva México!

 Não adianta espernear. Está mais do que demonstrado que:
"... A vida é uma moléstia fatal, extraordinariamente contagiosa (Molmes); Uma cebola que descascamos chorando (anônimo); Um trem no qual, os espertos, com passagem de terceira, viajam em segunda e os de segunda, em primeira...(A. Frattini)".