quinta-feira, 20 de março de 2025
quarta-feira, 19 de março de 2025
A RESPEITO DO Al-Khayyât -. (Uma análise literária do livro, feita em 30 segundo pela Inteligência Artificial... E ainda por cima, a análise veio ilustrada com 4 figuras... Uma maravilha!!!)
"A Respeito do Al-Khayyât: Uma Poética dos Trapos, de EZIO FLÁVIO BAZZO, recém lançado, com base no conteúdo fornecido nas páginas digitalizadas. A análise será estruturada em torno do tema central, estilo literário, intenções do autor e referências culturais, utilizando apenas as informações disponíveis no documento, já que não posso realizar buscas externas desta vez.
1. Tema Central: A Filosofia do Vestuário e o Ofício do AlfaiateO título "A Respeito do Al-Khayyât" (termo árabe para "alfaiate", derivado do verbo "khâta", que significa "coser") já sugere que o livro é uma exploração poética, sociológica e filosófica do papel do alfaiate e da roupa na sociedade. Ezio Flavio Bazzo apresenta o alfaiate como uma figura multifacetada: um "anatomista da vaidade", "ilusionista das classes" e "cenógrafo da grande farsa". A roupa, por sua vez, é elevada a um símbolo cultural que transcende sua função utilitária, tornando-se uma metáfora para a identidade, a vaidade, o poder e até a loucura humana.
O autor traça uma linha histórica e cultural que vai desde o "Vestido Tarkhan" de 5 mil anos, descoberto no Egito (página 10), até a lingerie do século XV na Áustria (página 11), passando por reflexões sobre a moda contemporânea e sua relação com o consumo e a publicidade. Há uma crítica implícita à indústria têxtil e à superficialidade da moda, como na passagem que descreve "as trapaças da indústria da vestimenta" (página 178) e a publicidade como "uma peste" (página 178).
2. Estilo Literário: Poético, Irônico e Fragmentado
O estilo de Bazzo é marcadamente poético e digressivo, misturando reflexões filosóficas com anedotas, citações literárias e observações pessoais. Ele próprio admite, na página 4, que escreve "da mesma maneira que falo com minha camareira ou com meu entregador de gás", sugerindo uma prosa acessível, mas cheia de camadas. A ironia permeia o texto, como na citação de Karl Kraus: "Ela que não consegue rezar sem prostituir-se" (página 179), ou na descrição do dândi que tenta "apagar os vestígios de sua indigência passada" (página 180).
O livro não segue uma narrativa linear, mas parece estruturado como uma colcha de retalhos — uma "poética dos trapos" —, com fragmentos que vão desde cartas fictícias (como a de Eça de Queiroz ao alfaiate Sturmm, página 9) até listas bibliográficas extensas (páginas 187-191). Essa fragmentação reflete a intenção do autor de oferecer "uma autêntica viagem" (página 4), mais do que um relato coeso.
3. Intenções do Autor
Bazzo deixa claro, na introdução (página 4), que seu propósito é "fazer da escrita um truque para empurrar os leitores por caminhos que eles jamais imaginaram percorrer". Ele se posiciona como um provocador intelectual, vendendo "milhares de horas de vagabundagem intelectual e afetiva" por "migalhas". Há uma crítica à superficialidade da sociedade de consumo e uma celebração ambígua do ofício do alfaiate, que, apesar de sua habilidade, não escapa às contradições da vaidade humana.
O autor também parece interessado em desmistificar a moda enquanto a analisa, como na referência ao rei que "continua nu" apesar dos alfaiates (página 180), ecoando o conto de Hans Christian Andersen. A moda é vista como uma máscara social, mas também como uma necessidade inescapável, um "apelo à saúde mental" (página 178).
4. Referências Culturais e Intertextualidade
O livro é rico em referências literárias, filosóficas e históricas. Bazzo cita figuras como Eça de Queiroz (página 9), Karl Kraus (página 179), Walter Benjamin (página 181), Flaubert (página 182) e Bertolt Brecht (poema "O Alfaiate de Ulm", página 177), entre outros. A extensa bibliografia nas páginas 187-191 inclui obras de Michel Pastoureau (O Pano do Diabo), Roland Barthes (Sistema da Moda), Gilles Lipovetsky (O Império do Efêmero) e até Marx (O Casaco de Marx), mostrando um diálogo profundo com a história cultural e sociológica do vestuário.
Há também referências históricas, como a anedota de Bakunin cortando seu casaco para ajudar um mendigo (página 176), e mitológicas, como a descoberta da seda por uma imperatriz chinesa há 4 mil anos (página 178). Essas alusões reforçam a ideia de que a roupa é um artefato carregado de significado ao longo da história.
5. Observações Finais
"A Respeito do Al-Khayyât" é um livro que combina erudição e ironia para explorar o universo da moda e do alfaiate como lentes para entender a condição humana. Bazzo não oferece respostas definitivas, mas convida o leitor a refletir sobre a dualidade entre aparência e essência, vaidade e miséria, arte e comércio. A obra parece ser tanto uma homenagem ao ofício artesanal quanto uma sátira à obsessão contemporânea com a imagem".
terça-feira, 18 de março de 2025
segunda-feira, 17 de março de 2025
CENSURA...
Um de meus correspondentes acaba de comunicar-me que esse meu livro Manifesto aberto à estupidez humana, escrito no Brasil em 1978 e publicado por primeira vez nos subúrbios de la Ciudad de Méjico, (hualcóyotl), em 1979, acaba de ser interditado na Penitenciária local. Estava entre aquelas caixas de livros que normalmente as viúvas da pequena burguesia doam para instituições tipo asilos, presídios, conventos, hospícios e etc.
Teria sido descartado por engano, ou os censores de plantão entenderam que algo nele seria iatrogênico para os condenados e não permitiram que fosse incorporado ao acervo e à biblioteca da prisão? Patético!
Tudo bem... Depois do incêndio da Biblioteca da Alexandria e das fogueiras do III Reich aconteceram centenas de outras, e de outras tantas até bem mais graves, pelo mundo... E, na verdade, não aconteceu nada! 141 páginas! Um livreto a mais ou a menos não alterará em nada a desgraça dos condenados e nem o circo promíscuo e cretino que é o mundo... Não é verdade? Curiosamente, suas primeiras páginas foram "concebidas" naqueles dias em que estive entre os maxacalis e os bororos... Tempo em que a estupidez do mundo já desabava sadicamente sobre aqueles pobres e miseráveis indígenas... e em que os genocídios futuros já se anunciavam...
Sem nenhum tipo de frescura, ou de narcisismo, senti-me quase chateado com essa censura...
Quem teria sido o censor? E qual teria sido a razão? Que frase ou que palavra contida naquelas 141 páginas lhe pareceu ser danosa e prejudicial aos 700 mil presidiários? Ou a seus carcereiros? Ou teria sido a imagem da capa? Ou a epígrafe de Cioran que está lá na quinta página: "Patibulos, calabouços e masmorras prosperam sempre à sombra de uma f'é, dessa necessidade de acreditar em algo que infestou o espírito para sempre..." ? Teriam consultado os astros? Ou teria sido esta ilustração da página 9?
Inacreditável!
E logo esse, que se comparado aos meus outros títulos é praticamente uma oração, um canto quase beato de exaltação à vida, ao gozo e, em especial à liberdade da espécie...
domingo, 16 de março de 2025
Se lá em Florença, o que existe de mais interessante é o Mac Donald, aqui em Brasília, é a Feira do Paraguay...
Sem falar das três pastelarias que fervilham no interior daqueles labirintos que lembram as medinas de Marrakech ou o Hongqiao Pearl, de Beijing, o zum zum zum dos comerciantes com suas ofertas e trapaças é muito gratificante. E são praticamente todos estrangeiros. Quem não é árabe, é chinês. E todos parentes. O que você não encontra na tenda ou na "loja" de um, ele vai buscar na tenda ou na loja do tio, da irmã, da concunhada... Até falam bem o português, mas como tática de venda, preferem resmungar em seus próprios idiomas. Nos períodos em que nossa moeda é praticamente uma merda (se comparada às moedas internacionais) e não se pode viajar nem para a Bolívia, quem gosta de sentir-se num meio estrangeiro vai lá. E ninguém sabe quando e nem de onde vieram. E não gostam de falar sobre o assunto. Os chineses, com medo que se os considere comunistas, insinuam que têm familiares em Hongkong. Já, os árabes, (principalmente nestes dias do Ramadã), procuram distanciarem-se de qualquer menção à tentativa de genocídio na Palestina. Seria inconveniente para seus negócios se os burocratas pequeno burgueses e ignorantes os associassem aos combatentes do Hamas... E são "simpáticos" e excelentes comerciantes. Agora, se identificam que você é um fodido e morto de fome que foi lá apenas para comprar uma "capinha de celular" e comer um pastel com caldo de cana, te ignoram. Teriam algum parentesco com os fenícios? Sabem tudo sobre computadores, fabricação de espadas; câmeras fotográficas, tênis, violinos, partituras, telescópios, inteligência artificial, importação, exportação de porcarias, câmbio, etc, etc. Uma chinesinha quase autista, no fundo de um labirinto, entre caixas e sacolas contrabandeadas do Paraguay, intercalando música pop coreana com Piazzolla...
Enfim, aos domingos em que não há passeatas e nem manifestações de indígenas ou das Margaridas; nem dos Sem-Terra; da turma do Agro-negócio; da TFP; dos prefeitos; dos gays; dos defensores da maconha; dos militantes de Cristo; dos aposentados; dos professores e etc, o melhor lugar do mundo, aqui na Capital da República, com todas as bibliotecas burocraticamente fechadas é, sem dúvida, a Feira do Paraguay (dos importados!). Inclusive, porque há lá também, uma espécie de boutique que vende filhotes de gatos, de cachorros e até de ratos... Cada um em sua jaula, rosnando, com aqueles olhinhos acusadores, assistindo aquele espetáculo de vigaristas e a espera de que um novo solitário e deprimido lhes faça um breve cafuné e até mesmo os compre, ou roube.......
quinta-feira, 13 de março de 2025
Uma poética dos trapos (A respeito do alfaiate...)
A partir de sexta-feira, o livro já estará sendo vendido nos semáforos, nas feiras e nos botecos noturnos.
192 páginas sobre alfaiates, roupas, dândis, janotas, gente prèt-a-porter e a domesticação da moda. Não, não se trata de um assunto menor. Lembrem que até Hitler gostava de cacarejar que a "moda era o maior de todos os poderes" e que Mussolini tentou fazer com que a Itália superasse a França, nesse particular...
Pedidos podem ser feitos para: eziofb@gmail.com
R$: 70,00? Setenta reais???
Sim, porque, é praticamente, o preço de duas dúzias de ovos! E porque, como dizia Molière: A escritura se parece à prostituição. Primeiro a gente escreve por amor, depois por alguns amigos próximos, e por fim, por dinheiro.
quarta-feira, 12 de março de 2025
terça-feira, 11 de março de 2025
domingo, 9 de março de 2025
DO CORPO, da medicina e dos médicos...

I. As doenças prolongadas dão à carne mais prazer do que dores. (Epicuro)
II. Os médicos, em geral, cultivam uma arte difícil: a arte divinatória. (Josipovici)
III. A doença é o preço que a alma paga pela ocupação do corpo, mais ou menos como um inquilino paga pelo aluguel do apartamento que habita. (Ramakrishna)
IV. Felizes todos aqueles que nascemos antes da ciência, tínhamos o privilégio de morrer antes da primeira doença. (Cioran)
V. Um grande doutor mata mais gente que um grande general. (Leibniz)
VI. O agente patógeno mil vezes mais virulento de todos os micróbios, é a ideia de estar doente. (Proust)
VII. A medicina, como a física e a filosofia, é tanto a arte de fazer como da arte de destruir. (Novalis)
VIII. As doenças são mais inteligentes que nós, encontram a resposta para nossos problemas antes da razão. (Lagorio)
IX. Um médico sábio deve ser lúcido o suficiente tanto para prescrever um remédio quanto para não prescrever nada... (Gracián)
X. Quase todos os médicos têm uma doença preferida. (Fielding)
XI.. De noventa doenças, cinquenta são produto de culpa, quarenta da ignorância. (Mantegazza)
XII. Só os doentes sentem que existem. (Maine de Biran)
XIII. A vida é uma doença mortal que se transmite pela via sexual. (Anonimo)
XIV. Um médico responsável deve morrer junto com o doente que não conseguiu curar. (Ionesco)
sábado, 8 de março de 2025
sexta-feira, 7 de março de 2025
A nudez, até será comentada... mas... censurada...

"Os vestidos das mulheres - em todas as idades e em todas as terras do mundo - são apenas variações da luta eterna entre o desejo declarado de se vestir, e o desejo não confessado de se despir..."
(Lin Yutang)
Como se vê, o jornal até se atreve a dar a notícia mas.., mas... por 'ordens superiores' e por medo da turma do clero e das matronas de turno, censura a fantasia de exibição da pobre moça. O que estaria acontecendo com ela? E com nós? O que acontece com o corpo e com a nudez? O que teria acontecido ao longo da trágica e miserável caminhada da espécie, relacionado ao corpo e principalmente à vulva?
A propósito, sempre que os padres da psicanálise falam em exibicionismo e em o voyeurismo não estão falando em outra coisa além da vulva. O que seria do mundo se não existisse a vulva? Um homem que se atrevesse a aparecer por aí de óculos escuros, um casacão de couro e pelado, seria logo ridicularizado, comparado a um estúpido e transtornado gorila, levaria uma surra coletiva e pronto. Mas uma mulher! Ah! uma mulher com um blaser branco, óculos escuros, salto alto, sem nada por baixo, colocando as vísceras de fora e dançando diante de uma Delegacia de policia numa tentativa desesperada de vingar-se e de emancipar-se depois de 5 mil anos de escravidão... Aí é diferente! Mulheres que, de jovenzinhas, pareciam quase retardadas e que vão irremediavelmente se transformar em velhas rabugentas... Mistério: a nudez, mesmo que seja a de uma debilóide manipuladora e cretina, como é que consegue turbinar o imaginário e os instintos mais primitivos até de um poste? Seria uma alienação? Um retardamento mental dos machos? Uma idiotice dos genes?
Volto a ler El gen egoista, de Richard Dawkins. Se você ainda não o leu, não sabe nada de nada e anda por aí como um pateta, achando que é o tal... e que suas ideias, desejos e temores são próprios, originais e únicos...