sábado, 4 de janeiro de 2025
quarta-feira, 1 de janeiro de 2025
E LÁ NAS AREIAS QUASE 'SAGRADAS' DE COPACABANA, UM RÉQUIEM AO DESEJO... O show broxante de bunda, na derradeira noite de 2024...
Foi um horror! Um réquiem para o desejo...
E os marqueteiros, já de madrugada, se apressaram em divulgar que a mocinha havia atraído 4 milhões de "público", bem mais do que a Madona!!! Até esqueceram de mencionar os que melancolicamente a antecederam e que aliás, prepararam o clima para aquele desvario...
Inacreditável!
Mas, como pisotear definitivamente essa cultura do inútil?
As palavras e a bunda! O manejo da bunda! Até nisso se identifica uma certa e miserável imitação das hienas do imperialismo! Ora! é importante lembrar que "qualquer cultura que se universalize perde a sua singularidade e morre".
O que, afinal, passa pelo imaginário dessa gente, com relação às nádegas e o desejo masculino? Acreditam, verdadeiramente, que o mundo é um Shangri-lá de pederastas e que todos estamos fixados na fase bundal? Tudo bem, trata-se de uma crença!... (F 79). Mas e a música, e os acordes, e o texto, e a voz e o cérebro? Repito: foi um show de horrores. Aquela bundinha quase infantil, com um buraco no meio tremulando na cara do populacho e na direção daquele mar infinito e daquelas areias 'quase sagradas' de Copacabana... E aquelas insinuações patéticas com as outras meninas do palco? Tudo, absolutamente tudo falso, fora de contexto e, paradoxalmente, tudo impregnado de um certo e acabrunhado moralismo. Nenhum vestígio de erotismo. Nada! Só estupefação! E, pior, com os 4 milhões (?) de cretinos lá em baixo do palco, de boca aberta e babando sobre os patuás no meio dos farejadores de gringos e de Smartphones...
Ah! A bunda! Sim, eu sei, o homem - como diz Lowen (la depresion y el corpo) - é o único animal que, se consegue estar perfeitamente equilibrado quando está erecto, o deve ao desenvolvimento dos glúteos. De maneira que as vantagens que derivam dessa postura, temos que admitir, se devem ao traseiro..."
Mas voltando às areias de Copacabana, sem nenhum exagero, o show foi uma afronta, não apenas à estética erótica, mas principalmente para minhas mais antigas fantasias e para minha sexualidade. Me senti absolutamente broxa! Ah!, nenhum dos costumeiros tremores no interior das cuecas!
Caralho! Nos bastidores desses palcos não há mais ninguém que exerça aquele antigo papel semelhante ao de ombudsman nas redações de jornais? Como é que deixaram essa pobre moça, com seu pobre traseiro, mergulhar num ridículo dessa grandeza?
O que, de verdade, nos teria acontecido?
E não se trata, de minha parte, de uma idealização infanto-juvenil, o problema fundamental é que desse jeito não há desejo que sobreviva e que, sabemos: "sem tesão não há solução!". Será que teremos que esperar outros 500 anos para reconquistar a sanidade genito/mental e colocar-nos novamente em pé?
Então, mon semblable, mon frère, quando coisas assim, são até quase piores do que a mortandade estúpida e cretina lá na Palestina e lá na Ucrânia, juntas, o que esperar de 2025?
Abaixo com toda essa manipulação senil e com todo esse teatro abominável de vassalos...