[...O mundo não passa de um caos provido de urnas eleitorais].
Leon Bloy
Transitando pelas chamadas Cidades Satélites, florescidas ao redor, no meio e dentro de uma pobreza e de uma desordem indescritível, fica evidente para qualquer um que a razão fundamental dos 8 homicídios só neste final de semana e do caos vigente, se chama superpopulação, tema que é tabu desde sempre. Com medo da igreja, dos padres e do Papa os governos, os candidatos, os tribunais e os administradores não dão um pio a respeito e ficam fazendo a velha demagogia da misericórdia, distribuindo o arroz com feijão de sempre como se isso fosse resolver alguma coisa e fingindo que os sistemas de saúde, de educação, de moradia de transporte e etc., um dia darão conta dessas comunidades que se reproduzem como cangurus. Não darão! Podem importar médicos, professores, marceneiros, psicólogos, carcereiros, curandeiros, construir uma rede de metrô igual a de Londres, o que quiserem, que todos continuarão em seus postos com a sensação de quem está enxugando gelo ou tirando água do mar. Há gente demais! Há crianças nas janelas, nas calçadas, nos quintais, ao lado dos lixões, na porta dos bares, na barriga das mulheres, na fila da pediatria, nos pátios das escolas, no lombo de cavalos, na traseira de bicicletas, sobre os telhados, de mãos dadas com os irmãos nos quiosques, gritando pelos becos atrás de mães transtornadas e em cólera. Vão inocentes e felizes na traseira de carroças, nos terrenos baldios no meio de cachorros e de mulas, nas favelas das favelas levando e trazendo trouxinhas de baseados de uma boca de fumo a outra, cada uma com sua esperança fundada no supérfluoe, o mais importante, aprendendo a atirar... E os educadores, além dos últimos cânones da pedagogia, discursam com veemência sobre o crack, sobre Paulo Freire, sobre a merenda, sobre saúde mental, sobre o hino nacional, sobre a dengue, sobre o colesterol e etc., mas não mencionam para nada o Controle de natalidade. Trepar, tudo bem, mas que de cada trepada surja um novo terráqueo, isso é uma indecência que não tem sentido!
...e, pra piorar, temos os livros "sagrados" das maiores religiões do mundo comandando que as pessoas se reproduzam no máximo de suas capacidades. Obviamente, quem está mais propenso a obedecer este tipo de comando são as pessoas mais pobres, mais burras e mais loucas.
ResponderExcluirLos mayores productores de pobres no son los bancos, ni los gobiernos, ni los países ricos, son los mismos pobres. Sólo hay una manera de acabar con la pobreza: que los pobres dejen de generar más pobres.
ResponderExcluirAsí es que no os sintáis culpables cuando os vienen esas imágenes de niños famélicos y os echan en cara todo lo que tenéis como si se lo hubierías robado a ellos. Esos niños hambrientos les tienen que dar las "gracias" a sus padres, no a nosotros.