Várias...

 "Um inglês 'esplinético' matou-se, alegando que 

na vida há excesso de botões para abotoar e desabotoar..."(P)

1. Se você já conseguiu superar (sem novos traumas) as babaquices do Ano que passou e as do Ano que iniciou, não se apresse: deixe a fantasia sobre a cama e se prepare, porque vem aí o Ano do Jubileu, o Carnaval e em seguida a Páscoa! O Circo de Soleil perto do circo cotidiano não é nada já que nossa essência é supersticiosa e baseada no Antigo Testamento. E mais: já que ainda não conseguimos viver por muito tempo no Princípio da Realidade...

2. E, pelo visto, apesar de todo o lero lero sobre caridade, este será o ano dos venenos! O Jubileu da peçonha! Da estricnina, do cianureto e do velho arsênico, esse companheiro inseparável da humanidade, que sempre esteve a seu lado, tanto nos momentos de frenesi como de desolação. Ah! A peçonha das serpentes! Lembram daquela que colocou fim em Cleópatra! E do licor maligno das Ervas do Mal! Os acontecimentos recentes país a fora, no interior da 'sagrada família', evidenciam uma vez mais que, entre nós, realmente, o único problema filosófico sério é a peçonha (o veneno). E esse assunto mobiliza de tal forma os instintos mais primitivos da mídia, que nem deixaram espaço em seus jornais para os terremotos ocorridos quase simultaneamente no Chile e na América Central... Claro que não se trata de nada novo. As lendas e anedotas de bruxas de curandeiros, milagreiros, xamãs e etc, estão repletas de episódios dessa natureza. E dizem, inclusive, que o fanfarrão Napoleão Bonaparte e até Descartes, ele que escreveu As paixões da alma, (sem falar de Rasputín), também foram 'cancelados' através de uma torta, de uma fritada de lambaris ou de um Baião de dois...  E as anedotas sobre Lucrécia Borgia? E sobre os Médicis? E sobre toda aquela cambada de impostores dos quais somos descendentes? Sabe-se que tanto as donas de casa como as cortesãs daqueles tempos, na alcova ou na cozinha, tinham sempre à mão suas porções... E eis que então surge o camarada Paracelso. Ele que, mais mala do que todos os outros, desde sua caverna jurava que o homem era um composto químico e que portanto, era necessário produzir uma química para combater a enfermidade. E insistia que nada é veneno e que tudo é veneno... E que a diferença está na dose... Não, não há dúvida: entre os animais o homem é o mais excêntrico. 

3. Aqueles que ainda não sabiam ou que tinham apenas uma ideia vaga sobre o que é o imperialismo, tiveram ontem a chance de instruir-se depois de ouvir o discurso do Trump. Entre seus projetos (além de reatar relações com aquela beldade), está o de apropriar-se da Groenlândia, do Canal do Panamá e até mesmo do vizinho Canadá... (Sem falar da Palestina e do Golfo do México, que passará a chamar-se Dolfo da América...) Será internado ou reeleito mais uma vez, se for necessário? Agora, o mais bizarro de tudo, é que alguma coisa em mim até simpatiza com o cinismo e com a malandragem desse brutamonte...

4. Daqui a pouco começará uma solenidade ali no Palácio do governo em memória da tentativa de assalto à pátria, levada a cabo dois anos atrás por uma legião de patetas. Oportunidade em que se devolverá aos salões republicanos as obras de arte que, naquela oportunidade, foram profanadas. Entre elas, está uma que gostaria imensamente de conhecer e saber sua origem, seu significado, e quem foi o malandrim que a doou ao Patrimônio pátrio, chamada freudianamente de: O tocador de flauta! Será que tem alguma insinuação maldosa relacionada ao flautista de Hamelin?...

5. E, o mais inacreditável: até os chamados progressistas estão chateados e paranóicos com a decisão do tal Zuckerberg que resolveu deixar de censurar os cacarejos e as baboseiras do mundo em sua plataforma.... Ora! Mas isso sempre foi desejável! Ou não? Que necessidade abominável é essa, de colonizados! Que necessidade infantil é essa de ter um pai/patrão, um censor? Um árbitro moral? Um confessor? Um colonizador que lhe oriente sobre o Bem do Mal? Ora! Isso é ridículo! Na verdade, o tal Zuckerberg, apesar daquela cara de babaca, acaba de salvar a internet (que os impostores de todas as 'correntes' querem castrar e sufocar) e de protagonizar o maior ato libertário dos últimos tempos. Portanto, que cada um pense, escreva, diga e faça o que quiser! Sem ter que pedir permissão e autorização a nenhum Império e, muito menos, a seus vassalos...