domingo, 28 de julho de 2019

A filha do mendigo K e Alfred Nobel...

[...Si los antiguos no han producido más que una cosmologia, los modernos no han pasado jamás de la teologia...]
Max Stirner
(IN: El unico y su propiedad, p. 42)

Foi uma surpresa descobrir neste domingo que o Mendigo K tem uma filha de uns 23 anos que estuda química e que esta prestes a receber seu diploma de licenciatura. A moça, nascida praticamente na rua e passado por todos os departamentos do inferno social conservou-se intacta. Com o saber adquirido nas ruas e com as baboseiras que tem ouvido na universidade transformou-se numa moça interessante, mala e simpática, com dois olhos parecidos aos de Hórus... Levava um livro de M. Stirner sob o braço e seu pai fez questão de me apresentá-la e até de chamá-la de doutora...
Cumprimentou-me formalmente sem submissão e sem dizer-me seu nome. Meio artificial e hipocritamente elogiei a escolha de sua carreira. Ela riu e justificou-se: fui influenciada por Alfred Nobel. Alfred Nobel? Por que Alfred Nobel?
Ela riu novamente, olhou para seu pai buscando cumplicidade e murmurou: o químico inventor da dinamite...
Meio incomodado com aquela relação procurei levar o assunto  para a política. Ela não recuou e foi fulminante em sua réplica: como uma jovem química nascida e crescida na rua estou curiosa para ver que reação vai dar a mistura da merda  esquerdista com a merda direitista... Deu uma gargalhada e prosseguiu.
Estarei atenta para ver o que vai sair do cruzamento entre as milícias e as hienas da direita e as milícias e as hienas da esquerda... Deu outra gargalhada, um beijo no velho mendigo e desapareceu...

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