segunda-feira, 23 de julho de 2018

Da solidão política...

"Revele-me o que você é no fundo de si mesmo e eu te darei de presente todo o resto..."
Isã -fils de Hichâm
(In: Le livre des vagabonds, p 26)

Os movimentos no mundo da política e dos partidos, nestes quatro cinco meses que antecedem as eleições é um prato cheio para registrar a solidão política e a melancolia dos trópicos. 
Realmente, ainda não se tem consciência do estrago mental que a irracionalidade e a burrice das políticas do último século tem causado nesta população, considere-se ela radical ou vaselina, do bem ou do mal, troglodita ou pós moderna, de esquerda, de direita, do centro ou de nenhum lugar. Observe, como há nos candidatos, nos vices, nos assessores, nos eleitores e nos rebanhos em geral um distúrbio visível e que se expressa mais claramente na linguagem, nas idiossincrasias, nas crenças, nas esperanças, nos instintos primitivos que o processo civilizatório (sabe-se lá porque) ainda não foi capaz de amenizar... E se esse desvario, esse lero-lero, essa histeria, esse sofrimento velado, esse abismo entre as palavras, as intenções, os sentimentos e os 'programas de governo' já fica tão evidente agora, imaginem  como será depois que um dos tantos candidatos for escolhido e colocado como uma majestade no topo da rês-pública..! 
Aliás, vejam o perfil de cada um! Não há a mínima chance de, através deles, nos tornarmos um país decente, soberano e respeitável! De nos curarmos desse masoquismo secular e nem sequer de, finalmente, termos esperanças no saneamento básico...  Na água potável! No limite do uso de venenos nos alimentos! Que afinal, consigamos distribuir as vacinas antes que as crianças morram! Erradicar as filas que, atualmente, vão dos confessionários até as funerárias... Enfim, por maior que seja o fanatismo, a ilusão, a irracionalidade e o ódio entre os bandos e por mais mentirosas e caras que sejam as promessas e as 'campanhas' como dizia um poeta arabista: "todas as ciências do mundo nos dizem que não há a mínima chance de haver uma multiplicação dos pães..."

Um comentário:

  1. Neguinho não se contenta de comer do bom e do melhor não...a maior tara deles é ter o poder aquisitivo pra deixar metade da comida caríssima nos pratos pros subalternos irem limpar, numa espécie de auto-afirmação perversa.

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