segunda-feira, 16 de julho de 2018

Cinematograficamente a idéia é tentadora.., mas, o quê pensarão de nossa espécie as serpentes e os demônios do deserto..?

"A parte IV do Leviatã, de Hobbes, intitulada 'Do reino das trevas', não trata do domínio de Lúcifer no outro mundo, mas do reino dos clérigos nesta vida..." 

IN: Um livro forjado no inferno, páginas 51, 52, Steven Nadler

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Argélia expulsa 391 migrantes para o meio do deserto


ONGs classificam tratamento como "desumano"; imigrantes são obrigados a atravessar a fronteira de deserto com o Níger a pé, com pouca água ou alimentos

Por EFE
access_time 15 jul 2018, 17h27 

Migrantes são vistos nos arredores da cidade argelina de Tamanrasset (Aidan Lewis/AP)
Argélia expulsou 391 imigrantes através da fronteira sul do país e as enviou ao deserto de Níger. Segundo a Organização Internacional das Migrações (OIM), as condições dessas pessoas era “precária”.
Segundo o órgão, os expulsos, nascidos em países da África subsaariana, foram detidos pelas autoridades argelinas em diferentes cidades do país e levados para a fronteira sul. “Todos chegaram na sexta-feira à cidade de Amssaka após atravessar o deserto. A maioria deles trabalhava na Argélia de maneira irregular”, diz comunicado emitido pela entidade afiliada à Organização das Nações Unidas (ONU).
Os imigrantes foram detidos e levados em caminhões até In-Guezzam, uma passagem na fronteira. Ali, eram obrigados a atravessá-la a pé com muito pouca água e alimentos. Segundo o comunicado, há várias crianças e mulheres grávidas entre os expulsos.
A notícia da nova deportação, que não foi confirmada nem desmentida pelas autoridades argelinas, coincidiu com a sexta reunião do Comitê Bilateral entre Argélia e Níger. O encontro visa discutir exatamente assuntos da fronteira entre os dois países. O ministro do Interior da Argélia, Noureddin Bedoui, disse antes da reunião que o país não aceitará a abertura de centros de detenção transitórios propostos por diferentes governos europeus e que lutará contra a imigração com suas próprias políticas. Por outro lado, o governo de Níger abriu um escritório para colaborar com a OIM em um programa de gestão voluntária de repatriação de imigrantes da África subsaariana.
Organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, classificaram como “desumano” o tratamento que o governo argelino dá a milhares de homens, mulheres e crianças imigrantes. “Desde janeiro, a Argélia expulsou milhares de homens, mulheres e crianças para Níger e Mali em condições desumanas. E, em muitos casos, sem considerar seu status legal na Argélia ou o grau de vulnerabilidade individual”, disse a HRW em comunicado.
A organização pediu que o governo da Argélia pare de expulsar pessoas de forma arbitrária e sumária, sugerindo a criação de um sistema de alocação equitativa e legal para os imigrantes no país. Em um relatório apresentado em fevereiro, a Anistia Internacional ressaltou que mais de 6,5 mil imigrantes procedentes da África subsaariana foram vítimas de prisões arbitrárias e expulsões forçadasno ano passado. Bedoui reconheceu em maio que o país expulsou 27 mil imigrantes nos últimos três anos, mas afirmou que todos tiveram seus direitos humanos respeitados pelo governo. (Revista VEJA)

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