terça-feira, 6 de março de 2018

Enquanto isso... ali nas paredes da LX factory...

Lisboa, como Beijing, NY e outras grandes cidades do mundo nas últimas décadas transformaram antigas fábricas, garagens, armazéns e barracões da periferia usados até então para depósitos de cereais, maquinarias e até de armas, em outro negócio, tão lucrativo como aqueles: o das artes. Aqui em Lisboa esse lugar se conhece pelo nome pós-moderno LX factory. Alguém me dizia que antes se confinavam ali, sempre na penúria, os legítimos proletários mencionados por Marx e por Engels, mas que agora foram substituídos por proletários mais fashion, para não dizer pequenos-burgueses:  pintores, escritores, escultores, músicos, bordadores, cozinheiros, artesãos, fotógrafos, meditadores e etc de todas as nacionalidades... filhos, netos e até bisnetos dos antigos hippies, daqueles loucos que mudavam-se compulsivamente nos anos 60, 70 para Katmandu ou para o Tibet, com a ilusão de que lá encontrariam a luz, a harmonia e a paz. Luz?Harmonia? Que porra é essa? Paz? Que porra é essa? Muitos, evidentemente, que acreditavam em pensamentos tipo o do Leonard Cohen (abaixo) nunca regressaram daquelas paragens. Enlouqueceram aos pés do Himalaia ou foram devorados por algum demônio do Everest... Agora, é bom informar que ali no LX factory, existe uma livraria estupenda e com um nome que pode ser um convite aos vagabundos de todo o planeta: Livraria ler devagar...















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