domingo, 18 de dezembro de 2011

A delicadeza da mulher de Formosa... (Em defesa das vacas)

Repercutiu violentamente, nesta semana, por todas as mídias e pelo país inteiro o vídeo que mostra uma mulher jovem da cidade de Formosa (GO) maltratando, chutando (e matando) seu pequeno cachorro diante de uma criança de uns dois anos que permaneceu estática durante todo o massacre. Mesmo quem, no momento da notícia, se encontrava banqueteando um pernil, alguns salames, uma costeleta ou um frango no espeto ficou horrorizado. Trata-se aqui de quê: pura alienação ou de pura hipocrisia?

O desvario daquela mulher (que por sinal é enfermeira) serviu para, além de relembrar a vil matança cotidiana desses nossos companheiros de viagem neste planeta alucinado, colocar esta pergunta aos teatralmente indignados com o affaire do cãozinho: e os milhões de vacas que são eliminadas diariamente com tiros na nuca ou com choques elétricos? E os milhares de cabras e de coelhos que são decapitados de hora em hora? E os porcos que são esfaqueados? Os frangos enforcados e os caranguejos mergulhados na agua fervente ainda vivos para turbinar os banquetes e as barrigas dos "filhos de deus"? Matar um cachorrinho a coices é crime, mas matar milhões de vacas com tiros na cabeça é apenas uma questão de libido e de sobrevivência?

- Ah, mas isso é outra coisa!!!

Respondem em coro os teístas e moralistas de plantão com sangue ainda escorrendo pelos beiços.

- Ah, não, mas aí é outra coisa!!!

Outra coisa como? E não precisa nem ser um criminalista para saber que quem esfaqueia uma vaca não hesitaria em esfaquear qualquer outro ser.

O que me parece mais detestável nesses “atores" é que mesmo devorando em média umas dez vacas, uns vinte porcos, centenas de frangos, milhares de camarões etc., etc., etc. em seus sessenta ou setenta anos de vida, ainda fazem demagogia e acreditam numa suposta “vida após a morte”. Ora! Isso só pode ser o resultado de um artritismo cerebral!!! E depois, se essa balela tivesse algum fundamento, o que esses “canibais” fariam lá no "além " ao depararem-se com todas as vacas e os porcos que digeriram?

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