quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O inferno para nós será quase um paraíso...

Que o mundo acabe na semana que vem como profetizaram os pobres maias não é uma coisa lá tão grave, afinal, qualquer um percebe que isso aqui já deu o que tinha que dar. Trágico mesmo, é ter que seguir no planeta e convivendo com façanhas como a que protagonizou o tal Adriano e seu harém, "epopeia"de mediocre gravidade, mas que foi escandalosa e comercialmente turbinada pela mídia e pelos “homens da lei”. Sinceramente! Não é possível que o país não tenha um eixo, uma filosofia, uma práxis, uma bússola, uma lógica, um sentido, uma ideia mesmo que precária de decência! Acontecem diariamente crimes terríveis e hediondos por todos os lados (de pessoas comuns, anônimas e fodidas) que por negligência e descaso não são nem sequer registrados e nem sequer noticiados. Nesta semana mesmo assisti a vários policiais caindo como hienas sobre um pobre mendigo, esquelético, descalço, sem camisa e desarmado, com chutes, revolvadas, gritos etc., etc. Apesar de minha indignação não pude intervir porque o transtorno mental daqueles policiais era visível e com certeza teriam me dado um tiro. A pequena elite que assistiu a tudo por detrás das vidraças fechou as cortinas, pingou um colírio e foi preparar-se para a ceia de natal. A imprensa também não tomou conhecimento. O pessoal dos Direitos Humanos devia estar na missa das 14:00 horas, na procissão de iemanjá ou montando o circo para o "fim de ano"... Voltando ao Adriano, a esse imperador que para muitos representa muito bem o país, por que é que quando é uma “personalidade” que comete uma merda dessas se faz todo esse estardalhaço e todo esse teatro? E escrevo personalidade entre aspas porque não tenho outra forma gráfica para manifestar meu desprezo por essa palavra, por esse título e por quem o ostenta. E o tal Hospital Barra d’Or? O nome já está alertando aos desavisados. R$: 82 mil! Nem o da Rainha da Inglaterra cobraria tudo isso da pobre Adriene. Apesar dos que torcem o nariz com minhas análises, volto a repetir: nós da América Latina, quando chegarmos ao inferno teremos a sensação de estarmos chegando ao paraíso!

O inferno para nós será quase um paraíso...

Que o mundo acabe na semana que vem como profetizaram os pobres maias não é uma coisa lá tão grave, afinal, qualquer um percebe que isso aqui já deu o que tinha que dar. Trágico mesmo, é ter que seguir no planeta e convivendo com façanhas como a que protagonizou o tal Adriano e seu harém, "epopeia"de mediocre gravidade, mas que foi escandalosa e comercialmente turbinada pela mídia e pelos “homens da lei”. Sinceramente! Não é possível que o país não tenha um eixo, uma filosofia, uma práxis, uma bússola, uma lógica, um sentido, uma ideia mesmo que precária de decência! Acontecem diariamente crimes terríveis e hediondos por todos os lados (de pessoas comuns, anônimas e fodidas) que por negligência e descaso não são nem sequer registrados e nem sequer noticiados. Nesta semana mesmo assisti a vários policiais caindo como hienas sobre um pobre mendigo, esquelético, descalço, sem camisa e desarmado, com chutes, revolvadas, gritos etc., etc. Apesar de minha indignação não pude intervir porque o transtorno mental daqueles policiais era visível e com certeza teriam me dado um tiro. A pequena elite que assistiu a tudo por detrás das vidraças fechou as cortinas, pingou um colírio e foi preparar-se para a ceia de natal. A imprensa também não tomou conhecimento. O pessoal dos Direitos Humanos devia estar na missa das 14:00 horas, na procissão de iemanjá ou montando o circo para o "fim de ano"... Voltando ao Adriano, a esse imperador que para muitos representa muito bem o país, por que é que quando é uma “personalidade” que comete uma merda dessas se faz todo esse estardalhaço e todo esse teatro? E escrevo personalidade entre aspas porque não tenho outra forma gráfica para manifestar meu desprezo por essa palavra, por esse título e por quem o ostenta. E o tal Hospital Barra d’Or? O nome já está alertando aos desavisados. R$: 82 mil! Nem o da Rainha da Inglaterra cobraria tudo isso da pobre Adriene. Apesar dos que torcem o nariz com minhas análises, volto a repetir: nós da América Latina, quando chegarmos ao inferno teremos a sensação de estarmos chegando ao paraíso!

La boheme... (Sergei Trofanov)



















La boheme... (Sergei Trofanov)



















segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O PIB e a matança automobilistica...


Para diversificar a babosice festiva e a manipulação das massas engendrada durante os dias de dezembro, a mídia ressurgiu da ressaca natalina eufórica e dando manchetes de que agora o Brasil é a sexta maior economia do planeta! Ultrapassamos a Grã-Bretanha!!! Cacareja um energúmeno. Em outro momento um ministro diz que em vinte anos teremos o nível de vida dos europeus. É evidente que ele que quis dizer: em vinte décadas! Piadas à parte, está literalmente perdido o país cujos “economistas” e “consultores” de plantão são todos ex-políticos, ex-ministros de Estado ou ex-assessores de bancos estatais ou outro tipo qualquer de crápula biônico. E depois, se o slogan dos manifestantes de Walt Street é 99% VERSUS 1%, aqui deveria ser 99,5% VERSUS 0,5%. Quem é que não sente que toda a tal sexta economia gira ao redor de apenas 0,5% da população? Que os 99,5% são de pobres assalariados, de uma classe média bordeline que vive travestida e na pindaíba? De milhões e milhões de mulheres e de homens alienados e anônimos enclausurados em seus presídios domésticos vivendo apenas as custas de antihipertensivos, antidiabéticos e antidepressivos? Ou então de semi-assalariados, mortos de fome, de mendigos disfarçados que andam por aí arrastando as correntes e negociando seus bricabraques em troca de arroz com ovo ou de alguma promessa? Em outras palavras, quem é que não percebe que o tal PIB não tem nada a ver com o populacho desorientado, ébrio de carências e intoxicado por uma necessidade de comprar e de acumular porcarias? Expulse-se as corporações estrangeiras e o país cairá de uma semana para outra nas condições do pré “iluminismo”. Carros em 5 anos! Motos em 6 anos! Atrás de cada volante um idiota louco para suicidar-se. Só neste final de semana morreram aqui sob nossas barbas um sete ou oito. Um verdadeiro autoextermínio fomentado pela mídia, pelos industriários e por um Estado irresponsável!

Saldo dos últimos três dias: Síria em guerra civil = 25 mortos. Bomba em Bagdá = 7 mortos. Bombas na Nigéria = 40 mortos. Mortes em acidentes de trânsito no Brasil = 95 mortos. Parece que ao Detran ficou apenas a tarefa mórbida e vil de cobrar multas indecentes e de ir recolher cadáveres e latarias despedaçadas ao longo das avenidas e das estradas. No amanhã, quando as fábricas de automóveis não mais corromperem, subjugarem e sustentarem criminosamente os governos, para comprar um carro ou uma moto (como para ter um filho) o sujeito deverá ter um grau de consciência mais ou menos como a do legendário Lobsang Rampa ou então passar por um treinamento semelhante e ainda mais longo que aquele que recebiam os velhos e rabugentos samurais.

O PIB e a matança automobilistica...


Para diversificar a babosice festiva e a manipulação das massas engendrada durante os dias de dezembro, a mídia ressurgiu da ressaca natalina eufórica e dando manchetes de que agora o Brasil é a sexta maior economia do planeta! Ultrapassamos a Grã-Bretanha!!! Cacareja um energúmeno. Em outro momento um ministro diz que em vinte anos teremos o nível de vida dos europeus. É evidente que ele que quis dizer: em vinte décadas! Piadas à parte, está literalmente perdido o país cujos “economistas” e “consultores” de plantão são todos ex-políticos, ex-ministros de Estado ou ex-assessores de bancos estatais ou outro tipo qualquer de crápula biônico. E depois, se o slogan dos manifestantes de Walt Street é 99% VERSUS 1%, aqui deveria ser 99,5% VERSUS 0,5%. Quem é que não sente que toda a tal sexta economia gira ao redor de apenas 0,5% da população? Que os 99,5% são de pobres assalariados, de uma classe média bordeline que vive travestida e na pindaíba? De milhões e milhões de mulheres e de homens alienados e anônimos enclausurados em seus presídios domésticos vivendo apenas as custas de antihipertensivos, antidiabéticos e antidepressivos? Ou então de semi-assalariados, mortos de fome, de mendigos disfarçados que andam por aí arrastando as correntes e negociando seus bricabraques em troca de arroz com ovo ou de alguma promessa? Em outras palavras, quem é que não percebe que o tal PIB não tem nada a ver com o populacho desorientado, ébrio de carências e intoxicado por uma necessidade de comprar e de acumular porcarias? Expulse-se as corporações estrangeiras e o país cairá de uma semana para outra nas condições do pré “iluminismo”. Carros em 5 anos! Motos em 6 anos! Atrás de cada volante um idiota louco para suicidar-se. Só neste final de semana morreram aqui sob nossas barbas um sete ou oito. Um verdadeiro autoextermínio fomentado pela mídia, pelos industriários e por um Estado irresponsável!

Saldo dos últimos três dias: Síria em guerra civil = 25 mortos. Bomba em Bagdá = 7 mortos. Bombas na Nigéria = 40 mortos. Mortes em acidentes de trânsito no Brasil = 95 mortos. Parece que ao Detran ficou apenas a tarefa mórbida e vil de cobrar multas indecentes e de ir recolher cadáveres e latarias despedaçadas ao longo das avenidas e das estradas. No amanhã, quando as fábricas de automóveis não mais corromperem, subjugarem e sustentarem criminosamente os governos, para comprar um carro ou uma moto (como para ter um filho) o sujeito deverá ter um grau de consciência mais ou menos como a do legendário Lobsang Rampa ou então passar por um treinamento semelhante e ainda mais longo que aquele que recebiam os velhos e rabugentos samurais.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

CENSURA: A fobia secreta do facebook...


A censura que o facebook promoveu nesta semana contra o artista dinamarquês que publicou em seu perfil a conhecida pintura de Courbet, titulada a Origem do mundo (quadro ao lado) causou espanto e ansiedade aos ingênuos que acham que estamos vivendo a “liberdade plena”, a “soberania tão almejada”, a “Era das fodas e dos prazeres incontrolados” etc., e que, por fim, os velhos censores e repressores do passado juntamente com os espias e dinossauros moralistas foram varridos e extintos do planeta para sempre etc. Ora! Que nada! Pura inocência. Com os avanços da cibernética, da computação e da internet, com toda essa parafernália de fios, câmeras, Ipods, (InãoPods) controles remotos, celulares, etc., pode estar acontecendo exatamente o contrário: tudo sendo controlado e tudo sendo devidamente dominado! Se nem mais os nossos peidos permanecem no anonimato e com a identidade preservada, muito menos nossas incursões pelos filminhos pornôs e por outras indiscretas e miseráveis curiosidades. Aliás, quem é, afinal, o facebook? Que cara podemos dar a esses censores universais (juízes, polícias e padres laícos) que em algum lugar obscuro do planeta estão controlando e decidindo o que pode e o que não pode circular? Se uma pintura como essa, de uma simples xota produzida em 1886 (exposta no Museu d'Orsay, mas que já foi até propriedade de Lacan) é considerada “inadequada” e “imoral” não é difícil imaginar em que plataforma o caráter desses cretinos está apoiado. Enfim, independente do "gosto" desses xotafóbicos, viva Courbet! E viva, principalmente, esse lugar transcendente, peludo e delicado que deu Origem ao mundo!!!

CENSURA: A fobia secreta do facebook...


A censura que o facebook promoveu nesta semana contra o artista dinamarquês que publicou em seu perfil a conhecida pintura de Courbet, titulada a Origem do mundo (quadro ao lado) causou espanto e ansiedade aos ingênuos que acham que estamos vivendo a “liberdade plena”, a “soberania tão almejada”, a “Era das fodas e dos prazeres incontrolados” etc., e que, por fim, os velhos censores e repressores do passado juntamente com os espias e dinossauros moralistas foram varridos e extintos do planeta para sempre etc. Ora! Que nada! Pura inocência. Com os avanços da cibernética, da computação e da internet, com toda essa parafernália de fios, câmeras, Ipods, (InãoPods) controles remotos, celulares, etc., pode estar acontecendo exatamente o contrário: tudo sendo controlado e tudo sendo devidamente dominado! Se nem mais os nossos peidos permanecem no anonimato e com a identidade preservada, muito menos nossas incursões pelos filminhos pornôs e por outras indiscretas e miseráveis curiosidades. Aliás, quem é, afinal, o facebook? Que cara podemos dar a esses censores universais (juízes, polícias e padres laícos) que em algum lugar obscuro do planeta estão controlando e decidindo o que pode e o que não pode circular? Se uma pintura como essa, de uma simples xota produzida em 1886 (exposta no Museu d'Orsay, mas que já foi até propriedade de Lacan) é considerada “inadequada” e “imoral” não é difícil imaginar em que plataforma o caráter desses cretinos está apoiado. Enfim, independente do "gosto" desses xotafóbicos, viva Courbet! E viva, principalmente, esse lugar transcendente, peludo e delicado que deu Origem ao mundo!!!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Kim Jong-il e a problemática da morte.


Apesar da morte não estar no programa de ninguém, muito menos no dos chefões que lotearam, que gerenciam e que manobram o planeta com seus sete bilhões de aloprados, ela é com certeza a maior de todas as tragédias que podem acontecer ao sujeito, rico ou pobre, vagabundo ou cdf, beato ou descrente, jovem ou gagá, corrupto ou santo, gênio ou burro, animal ou anjo, fardado ou nu, de todos os partidos, de todas as religiões e até de todos os signos. Por isso talvez que nas tumbas dos defuntos quase nunca aparecem informações tipo: Vice-presidente do partido Liberal! Comandante Mor do Comunismo Planetário! Senhor Cinco Vezes da Direita Universal! Signo de Escorpião com antecedentes em Virgem! Pároco da igreja de Cristo Vivo! Grau 33 da Rosacruz! E da Maçonaria! Capitão da 12 Brigada! Ministro de todos os ministros! Representante de DEUS feito Carne nos cinco Continentes! Dona de todos os Bordéis da Segunda Quadratura! Febronio Índio do Brasil! Etc., A morte cospe e pisoteia com tanto desdém sobre essas titulações fajutas e sobre essas fantasias pueris e humanoides que os vivos, os sobreviventes e os que apenas esperam por sua vez, nem cogitam inscrevê-las nas lápides. Morreu, já era! Pode-se até fazer um teatro e usar o cadáver para anestesiar ainda mais as sinapses do populacho, mas é só teatro. O que de mais precioso há num corpo são os ossos. Duram, às vezes, até séculos. O resto se escafede no nada. Para onde foi Kim Jong-il? Esse baixinho invocado que cagava ordens do alto de seus tamancos e que quando nasceu, segundo a lenda, surgiram dois arco-iris por sobre ele e sua parteira? Como todos os outros, para o nada. Por sorte. Já pensaram como seria se a morte não fosse imparcial? Se os chefetes de merda obtivessem, através de alguma falcatrua, alguma forma de imortalidade?
Em alguma página desses milhares de livros que formam um paredão a minha frente Erich Fromm se pergunta: "Por que a maioria das pessoas não enlouquece diante da contradição existencial entre um EU simbólico, que parece dotar o homem de um VALOR INFINITO, e um corpo que vale aproximadamente um dólar?"


Kim Jong-il e a problemática da morte.


Apesar da morte não estar no programa de ninguém, muito menos no dos chefões que lotearam, que gerenciam e que manobram o planeta com seus sete bilhões de aloprados, ela é com certeza a maior de todas as tragédias que podem acontecer ao sujeito, rico ou pobre, vagabundo ou cdf, beato ou descrente, jovem ou gagá, corrupto ou santo, gênio ou burro, animal ou anjo, fardado ou nu, de todos os partidos, de todas as religiões e até de todos os signos. Por isso talvez que nas tumbas dos defuntos quase nunca aparecem informações tipo: Vice-presidente do partido Liberal! Comandante Mor do Comunismo Planetário! Senhor Cinco Vezes da Direita Universal! Signo de Escorpião com antecedentes em Virgem! Pároco da igreja de Cristo Vivo! Grau 33 da Rosacruz! E da Maçonaria! Capitão da 12 Brigada! Ministro de todos os ministros! Representante de DEUS feito Carne nos cinco Continentes! Dona de todos os Bordéis da Segunda Quadratura! Febronio Índio do Brasil! Etc., A morte cospe e pisoteia com tanto desdém sobre essas titulações fajutas e sobre essas fantasias pueris e humanoides que os vivos, os sobreviventes e os que apenas esperam por sua vez, nem cogitam inscrevê-las nas lápides. Morreu, já era! Pode-se até fazer um teatro e usar o cadáver para anestesiar ainda mais as sinapses do populacho, mas é só teatro. O que de mais precioso há num corpo são os ossos. Duram, às vezes, até séculos. O resto se escafede no nada. Para onde foi Kim Jong-il? Esse baixinho invocado que cagava ordens do alto de seus tamancos e que quando nasceu, segundo a lenda, surgiram dois arco-iris por sobre ele e sua parteira? Como todos os outros, para o nada. Por sorte. Já pensaram como seria se a morte não fosse imparcial? Se os chefetes de merda obtivessem, através de alguma falcatrua, alguma forma de imortalidade?
Em alguma página desses milhares de livros que formam um paredão a minha frente Erich Fromm se pergunta: "Por que a maioria das pessoas não enlouquece diante da contradição existencial entre um EU simbólico, que parece dotar o homem de um VALOR INFINITO, e um corpo que vale aproximadamente um dólar?"