quinta-feira, 4 de março de 2010

A NOSSA IDADE E A IDADE DA TERRA...

Por terem chegado aos setenta ou oitenta anos alguns acreditam ter conquistado o status dos dinossauros ou até mesmo história e sabedoria suficientes para arrogar-se alguma coisa... Deveriam lembrar da idade da terra.
 

Também aqueles que acreditam que por seus “mestres” terem vivido há 2 ou há 4 mil anos atrás suas idéias e conceitos são definitivos, inquestionáveis e pétreos deveriam pensar na idade da terra.

Claro que não é fácil imaginar 40 milhões de séculos. Experimente: a idade da terra é de 1 milhão de séculos! 5 milhões de séculos! 20, 40 milhões de séculos!!! Parece faltar-nos cérebro para esse alcance, mas é só ir até a janela para vê-la lá, em sua senectude, com seus barrancos, sua cor estranha, repleta de árvores, asfalto, pontes, postes, gramados, esgotos, trepadeiras e entulhos...
 
Os que insistem nas crenças da ressurreição dos mortos, na transmigração das almas, no fim dos tempos e em outros produtos alucinógenos, deveriam, mais que quaisquer outros, pensar de vez em quando na idade da terra, na sinistra condição humana de hóspedes e, claro, na solidão que lhes corresponde...

Ezio Flavio Bazzo

5 comentários:

  1. ou então eles podem se lembrar da máxima hippie:
    "não confie em ninguém com mais de 30"... mas aí já fica muito apelativo né!

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  2. Cruzes! Não é que existe mesmo esse grau de status!?! Muito antes dos 70-80 já se percebe tudo como uma criação duvidosa de cabeças errantes que mal sabem onde e como tudo começou; mas a Roda da Vida não acumula nada, apenas se repete indefinidamente...
    Pras saídas, já nos alertava Millor, melhor acreditar no que dizem todos "cada um se vira".

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  3. Quando se estuda astronomia, também nos sentimos assim: ínfimos.

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  4. Boa noite.
    Eu estou quase lá, já tenho meio século.
    FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... deseja uma boa semana para você.
    Saudações Florestais !

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  5. ...essas crenças ou vícios são para isso mesmo: combater ou evitar essa sensação desesperadora de morrer e pronto, acabou! Esse sentimento de solidão absoluta, da falta de respostas, da falta de sentido, essa orfandade que nos é própria. Mas não há saída ou solução. Cada um com seu fm de mundo ou com sua alienção, enquanto isso a Terra nos devora.

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