segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O futebol e a reunião de Copenhague

Bandeiraços, tiros, gritos, trombetas, hinos e buzinas. Sujeitos extremamente jovens e sujeitos extremamente velhos, sujeitos esclarecidos e sujeitos analfabetos igualmente alucinados nas esquinas sacudindo o esqueleto, a camisa de seu time ou a foto de seu herói. A demência foi geral. Aliás, a demência é geral. O que deve acontecer verdadeiramente no cérebro dessa gente? Quem realmente compreender um desses fanáticos fará mais pela psicopatologia do que Kraepelin. Da varanda, meu cachorro assistia apavorado àquela gritaria e aquele tiroteio descabido. Sentei-me a seu lado e cochiche-lhe no ouvido a frase dos velhos moralistas roubada - como todo mundo sabe - dos textos orientais pelo cristianismo: “esses coitados não sabem o que fazem!”

Seria oportuno que a reunião de Copenhague não ficasse apenas nos banquetes e no blábláblá das emissões de carbono, dos peidos das vacas do Mato Grosso, das motos-serra do Amazonas, das chaminés das fábricas, dos agrotóxicos, do lixo hospitalar, da poluição dos carros etc., mas que incluísse o futebol entre os venenos que acabarão imbecilizando ainda mais e degradando gravemente o planeta e a espécie.

Ezio Flavio Bazzo

2 comentários:

  1. Cara tu é foda.......A forma de escrever e colocar as opiniões são fora de qualquer outro crítico no Brasil.

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  2. sempre entro no seu blog, não sei se para me informar ou para me incorformar mais ainda com toda degradação humana, adicionei seu blog ao meu assim não perco nenhum post...
    abraço

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